quinta-feira, 20 de maio de 2010

Minhas raizes cariocas

Hoje tem a missa de sétimo dia do meu Tio Augusto e eu estou doente, não vou poder ir ao Rio.


Fiquei pensando em todas as vezes que morreram pessoas queridas e que eu não pude ir nem ao enterro e nem na missa.

Sempre digo que vou logo depois fazer uma visita, mas fico adiando, adiando e só vou ao Rio pra coisas de trabalho, de casamento, pra curtir sozinha.

Confesso que ando muito saudosa de todos, mas vejo com tristeza que pessoas que eu adorava estão desaparecendo do Rio e morando na minha lembrança.

Não preciso viajar para encontrá-las, elas estão mais perto do que antes.

Com esse negócio de escrever lembro sempre dos meus avós queridos , da minha Tia Sônia, Tio Bubi, Tio Adolfo, e por aí vai a minha imaginação matando minhas saudades.

Tio Augusto entrou neste hall de lembranças queridas e aqui vai ficar pra sempre.

O dia em que estávamos almoçando num restaurante no Arpoador e eu pedi uma Coca Cola e fui tomar pelo gargalo, ele disse que no retaurante agente colocava no copo, eu morri de vergonha, mas nunca ninguém tinha me dito isso. Também nunca tomava Coca Cola sem ser em Cabo Frio com meu Tio Bubi!

Se ficar pensando nele vêm um monte lembranças e não vou para nunca.

Sempre digo que se me deixassem escolher, voltaria para o Rio. Será?

Aquele Rio que tanto adorava está sumindo com estas pessoas e ele se transformando em outro Rio que não conheço.

Acho que eu me despeço do meu Tio conversando com a mulher dele, com os filhos, lembrando as coisas boas que ele fez, da risada dele, das cantorias, dos almoços no Country  Club tomando água de coco com gelo feito de água de coco que ele tanto adorava.

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