sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cabo Frio!!

Neste retrato estão meu irmão e eu descendo uma duna.

Não existia lugar mais maravilhoso do que Cabo Frio!
De barca ou pelo fundo da baía?


A praia do Forte era uma imensidão de areias brancas sem ninguém. As dunas enormes faziam parte de milhões de brincadeiras.


As ressacas eram tão fortes que ninguém tinha coragem de entrar na praia sozinho sem um adulto.
As areias picavam de tanto vento.
Mar gelado, água limpa, ondas maravilhosas, dunas de um lado , o forte de outro.

Na casa caiada de preto com as janelas brancas era uma novidade na época, acho que até hoje nunca vi outra casa preta.

Meus tios Lila e Bubi, os mais generosos anfitriões, os melhores amigos dos meus pais, os filhos também eram tão queridos quanto os pais!

A casa ficava a um quarteirão da praia e tinham mais algumas casas, não muitas, conhecíamos tudo mundo. Jogávamos Volley na casa ao lado, da Isa e Nena. Era tudo de terra, sem carros, sem ninguém. Para chegar na praia atravessávamos uns metros com uma plantinha rasteira que tinha um espinho em bolinha , se bobiasse grudava, depois uma areia fervendo que não podíamos atravessar sem nossas havaianas. Depois disso tudo, uma praia só nossa.
À tarde pegávamos sementinhas pretas e vermelhas dos arbustos, roubávamos a bicicleta do caseiro e íamos pescar no canal...

Bebíamos Coca Cola a vontade naquelas garrafinhas de vidro, uma piscininha de 4x4 que fazia a festa de todo mundo enquanto esperávamos o almoço. Uma churrasqueira enorme tirada de um navio, Sta Helena, que era o ponto alto das refeições.

Meu pai, que odeia uma areia e praia, ia pescar todos os dias em Arraial do Cabo, quem quisesse poderia escolher entre a praia e a pescaria. Trazia lagostas que comíamos escondidos do resto dos convidados que era uma enormidade de gente.

Tempo das pranchinhas de madeira para pegar jacaré.

Tempo de só pensar em se divertir, dar risadas, comer bem, jogar baralho, ficar torcendo para a luz não apagar e desligar os ventiladores que espantavam o calor e os mosquitos.

Deliciosos dias com pessoas adoráveis e de novo, muito queridas!



Vocês não imaginam quantas e quantas histórias eu tenho na minha memória deste paraíso que era Cabo Frio...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Soufflé


                  
A coisa mais importante para um soufflé dar certo é sem sombra de dúvida uma boa quantidade de claras estarem muito bem batidas . Portanto ,deve-se separar as claras sem que tenha nada de gemas, bater em uma tigela limpa e seca. Sempre preparando o creme do soufflé antes e deixando esfriar para por último juntar as claras.
Soufflé de camarão nas fotos:

Sempre se unta com manteiga o pote para soufflé e enche-se somente 3/4de pote.
Não se abre o forno antes de 20 minutos que é o tempo das claras subirem e não é aconselhável abri-lo até que esteja dourado.
Soufflé de queijo nas explicações:
Desmancha-se 2 colheres de sopa bem cheias de farinha numa colher de sopa de manteiga derretida e ½ litro de leite, tempera-se com sal e pimenta e leva-se ao fogo, mexendo sempre, a fim de se obter um creme espesso.

Deixa-se esfriar e juntam-se 4 gemas de ovos, imcorporando-se uma a uma e batendo bem, junta-se 100gr de queijo ralado e por último as 4 claras em neve.
Coloque a massa dentro de um prato próprio para soufflé de bordas altas e refratário .Unta-se de manteiga e leva-se ao
forno.20 a 25 minutos
Soufflé de cogumelos, peixe, abobrinha, frango, etc...
Prepara-se os cogumelos , o peixe, qualquer outra coisa tipo alho porró, camarões ou a sua escolha e refoga-se com manteiga umas 2000 ou 250 gr do escolhido e depois junta-se 2 colheres de sopa de farinha e dissolva com = ou – ½ litro de leite até formar um creme espesso, junta-se por último as gemas uma a uma e deixe esfriar. Bata as claras em neve até ficarem firmes e vá incorporando-as ao creme com delicadeza sem bater muito. Deve-se usar o pão duro.

Ponha em um prato para soufflé untado com manteiga e leve ao fogo quente por 20 a 25 minutos no mínimo ,esta receita dá para 8 a10 pessoas .



Soufflés doces
Agora devemos preparar os cremes doces, derretendo chocolate com um pouco de leite, ½ xícara, goiabada com ½ xícara de água, geléias em geral ,baunilha ,em um creme de leite e gemas ,com açucar a gosto e gotas de baunilha, como se fosse um mingau.

Juntam-se as 4 gemas ao creme e deixe esfriar. Bate-se as claras em neve, pode-se colocar mais uma clara que as gemas e mexe-se com cuidado e com o pão duro incorporando-as ao resto. Leva-se ao forno quente em pote próprio para soufflé untado com manteiga por 20 a 25 minutos ou mais se preciso. Depois de pronto, povilha-se com açúcar.

Aos soufflés doces é bom sempre acompanhar com um creme fresco frio, creme inglês ou queijo Catupiry dissolvido num pouco de leite quente e depois gelado para quando for servir.



Meu Deus, é muita coisa!!
 Eu estava vendo um programa do Claude T. e ele fez um soufflé de goiabada e colocou a goiabada derretida, misturada com uma calda de açúcar fervendo e levou às claras batendo tudo, fervendo mesmo como se tivesse fazendo mashmelow ou cobertura de suspiro que se faz assim. Cozinhando as claras com o calor da calda.
Ficou bem durinho e não tinha jeito de desandar. deve ser um truque que nunca experimentei mas na primeira oportunidade vou tentar fazer até conseguir. Por enquanto acho melhor fazer o jeito mais normal, deixar esfriar e depois incorporar as claras! Fui tentar fazer com este de chocolate e não deu certo, mas eu fiquei com aquilo já misturado, daí coloquei umas gemas, 2 colheres de farinha e virou este semi soufflé que está aí.
Moral da história: sempre dá-se um jeitinho...

Assim foi virando um bolo...






                                 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um bom bife, um bom acompanhamento...






Quem disse que fritar bife é um horror?  Todo mundo!
O negócio é que eu faço bife assim: pego um bom bife, não importa a carne, porque o segredo é não mexer nela.
Uma frigideira pelando, nada de temperar antes, nem bater, nem furar, nada de nada ! Coloque a carne na frigideira que já está pelando, deixe ficar até começar a ver o sanguinho saindo, vire, aí tempere com sal e pimenta, deixe ficar o mesmo tempo de outro lado, vire e tempere e sirva. Nada de pegar o garfo e furar pra ver como está. Se quiser colocar manteiga ótimo, vai fazer a maior fumaça mas tudo bem.

Eu coloco o bife, me retiro da cozinha por alguns minutos , volto , viro o bife e tempero, saio da cozinha e volto pra colocar no prato.
Não importa a carne, sempre que se tempera depois, o suco dela fica intacto e  fica macia e muito mais saborosa.

Agora estes dois: abóbora japonesa e batata doce são minha combinação favorita no forno, com azeite, muito alecrim,dentes de alho, um pouco de pimenta malagueta, sal, pimenta do reino e...deixa lá até ficar com aquele cheirinho de alecrim espalhado pela casa. Pegue um garfo e se tiver macio está pronto!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Aniversário de casamento


Hoje é meu aniversário de casamento! Nosso... Meu e do Magoo.

Fiquei pensando se seria piegas escrever pra todo mundo sobre isso,mas deu vontade e é isso que importa.

Quantas coisas passamos juntos, quantas histórias e depois de pensar muito cheguei à conclusão que o que nos uniu foi o bom humor e o que nos mantém juntos é, de novo, o bom humor!

Ele nunca deixou de me surpreender com seus comentários, com suas piadas, e por mais que tenha ouvido antes, dependendo do jeito que ele conta, eu acabo dando risada.

Nenhuma briga resistiu aos encantos de uma boa conversinha que acaba em besteira.

Basta eu fazer uma graça que ele também já fica feliz.

Claro que não é só isso, mas o que adianta falar que casamento é trabalhoso, é prazeroso, é isso ou aquilo. Deveria existir uma palavra que resumisse tudo isso, tipo trabazeroso ou prazelhoso, mas não tem e todo mundo já sabe como é que se qualifica um casamento...

Enfim, 31 anos casados e eu quero dizer que o que venceu no nosso casamento foi mesmo o bom humor que nós dois temos e eu acho, com certeza, que o sinônimo de bom humor é: generosidade e inteligência, que meu marido tem de sobra para nós dois.

Nem vou fazer mais elogios ou críticas ao nosso casamento, quero só comemorar e esperar por mais aniversários.

Beijo Magoo! Beijinzim !

o banheiro que quis tanto... 31 anos...
                                                                                                                        ahahahaha!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pupunha


Na verdade acho que pupunha não tem gosto de nada!
Bom para regime, é!
Bom para inventar coisas com ela, também afinal pega o gosto de tudo, igual a chuchu.

Aproveito estes dias que estou na cozinha direto e sem ajudante para fazer estes pratos que servem para tudo, desde acompanhamentos até prato principal, depende da fome.
Esta pupunha desfiada é uma mão na roda, vario bastante os acompanhamentos, temperos, ela serve para diversos pratos.
Hoje eu vou fazer com Chancliche, aquele queijo árabe , tomates cereja , bastante pimenta do reino, manjericão e azeite.
Misturo tudo e coloco no forno para dourar.

Fica muito gostoso e se quiser um filé grelhado para acompanhar...
Aproveitei para fazer um vasinho de flores de manjericão porque além de não ter muita flor por aqui no apartamento, só jasmim, fica  mais forte o pé de manjericão.
É  bonitinho e cheiroso ainda mais que estou falando de comida.

Jantar a la japa !


Nada mais saudável que esta comidinha...
Atum com gergelim na chapa, nirá com Shoyu e um fio de azeite e yakon com laranja lima da pérsia.
Temperar o atum com pimenta e sal, passar o gergelim em todos os lados e colocar na frigideira quente com um fio de azeite. Virar uma vez só e deixar.
Tomar cuidado com o atum para não passar do ponto, tem que ficar cru por dentro.
Lavar o nirá, colocar na frigideira um fio de azeite, deixar  chapear de um lado e do outro até trocar de cor e amolecer um pouco, colocar um pouco de Shoyu e pronto!



Pegar o yakon e descascar, cortar em rodelas, colocar alguma coisa cítrica para que ele não escureça como as batatas, maçãs. Eu coloquei lima da pérsia em gomos e espremi o caldo.

Ceasa, Yakon e outras coisinhas...


Acho que toda cidade grande tem seu Ceasa, pelo menos aqui no sudeste.

Não sei se é mais importante do que os mercados municipais que me atraem loucamente em todo lugar do mundo, mas que é uma loucura, isto é!

Para falar a verdade tenho a maior preguiça de acordar sábado ou domingo para fazer compras naquela feira cheia de gente para lá e para cá, o chão todo molhado, aquela gritaria, e milhões e milhões de barracas para escolher.

Quando meu filho Chico era bem pequeno, ele fazia esta função com o meu pai porque era o único dos netos que acordava com as galinhas, ou melhor, na casa do meu pai se acordava com os pombos, melhor ainda, meu pai acordava os pombos! Lá iam os dois, Chico com uns 4 anos e o avô para as compras.

Traziam novidades mil, como uma criança tão pequena fazia o maior sucesso entre os feirantes, guardavam tudo que era esquisito para ele. Bananas grudadas, tomates com acara de urso, pepinos mirrados, chuchu com filhote e lá ia meu filho fazendo sua feira particular. Com o tempo ficou um expert em frutas e verduras e a feira era pra valer com lista e dinheiro, ele trazia tudo direitinho.

Claro que tudo passa, ele cresceu e nunca mais gostou de acordar cedo, só para surfar.

Hoje em dia o programa é o predileto do meu marido, só que ele vai super tarde, vai para comprar orquídeas, pão italiano e algumas poucas coisas que eu imploro, então como ontem, se eu quero mesmo algo especial tenho que ir junto.

Para falar a verdade vou só de vez em nunca para comprar coisas específicas que não encontro aqui por perto.

Minhas compras neste domingo foram: Nirá com flor, Capucines, Yakon, atum fresco e limpo.

Nirá e Capucine já falei para vocês, atum não tem novidade mas, aposto que muita gente não conhece Yakon.

Uma espécie de cará, batata, mas com gosto de pêra! Muito bom para comer com salada, faz um bem enorme para saúde e só podia ter vindo dos nossos queridos japoneses!!!


Ah! Trouxe também rabinhos de lagosta!!!

domingo, 25 de abril de 2010

Feitiço da Lua



Lembram daquele filme Moon Struck, Feitiço da Lua?
Passado em N.Y, com a Cher e o Nocolas Cage ? Ela é uma viúva e está para se casar com um cara mais velho que foi viajar para ver a mãe que estava morrendo. Começa a sair com o irmão que é padeiro e tem uma mão mecânica . Ele adora ópera e se encontram lindos e super bem vestidos, lindos , no Metropolitan e...
Quando a lua estava cheia o avô saia com os cachorros e todos uivavam para ela.
Bom, tem um café da manhã que eu nunca esqueci e sempre tento copiar mas no filme elas comem com pimentões em conserva e eu faço como café ou hoje, como almoço. É uma delícia!
Fure um pão italiano no meio para a gema encostar na frigideita. Ponha manteiga, o pão, abra o ovo e tempere com sal e pimenta!

Gin Fizz




Como tudo que é misturado, existem mil receitas.


Esta eu gosto muito, especialmente num dia de calor.

É bom ter todos os itens a mão na hora da preparação.

Uma dose de suco de limão siciliano,

Duas de Gin

Duas colheres de açúcar ou meia dose de calda de açúcar (muito melhor)

Se tiver coragem acrescente um pouco de clara de ovo

Bata tudo na coqueteleira até gelar a mão.

Verta num bom copo com meia fatia de limão e gelo,

Complete com club-soda, Perrier ou qualquer outra água com muito gás.

Cheers!                                                                                                                                fotos Monica   texto Renato

Capucine

Capucine é uma flor comestível bem laranja.
Tem um sabor suave no começo e depois ela fica um pouco picante.


Esta é outra coisa que aprendi a comer bem pequena com meu avô Oscar.

Ele era uma pessoa que não ficava muito com os netos, mas tinha algumas particularidades que ficaram para sempre na minha memória.

Uma delas era que ele adorava o sítio em Carangola que tinha com seus dois irmãos e que se tornou famoso em Petrópolis por tantas festas que davam.

Era realmente uma coisa de outra época, uma animação total, três gerações, depois quatro de três famílias com seus descendentes, amigos, convidados, que passavam as férias junto com todas as mordomias possíveis.

Piscina em comum, campo de vôlei, futebol, tênis, pavilhão, curral, cachoeira, lago enfim, e como não podia deixar de ser, uma horta de tirar o fôlego. Desta horta é que meu avô fazia questão de tirar as Capucines para colocar nas saladas e do agrião que dava no riacho, um de folhas bem pequenas e com o gosto bem acentuado, muito melhor do que esses que vendem agora.

Todas às segundas –feiras chegava em casa no Rio, uma cesta enorme com os legumes e as verduras da horta de Carangola.

Lembro desta casa com muito carinho apesar de ficar mais na casa do meu outro avô Otto, mais no centro de Petrópolis.

O cheiro de lenha, porque o fogão era a lenha, misturado com Lírio do Vale que minha avó Didy fazia enormes vasos. Cheiro de verão!

Lembro das Alamandas subindo nos dois Ciprestes que ficavam bem na entrada...

Se não me segurar não paro de escrever sobre todas as coisas boas deste lugar e desta família.

Pretendo aos poucos ir contando, não tudo de uma vez.

Salada com Capucine vai resumir hoje as lembranças, a beleza e a alegria destes tempos que meus avós me proporcionaram.

sábado, 24 de abril de 2010

Padaria

Numa manhã bem fria como hoje dá vontade de fazer um chocolate bem escuro, grosso e bem quente e ficar escolhendo pães,croissants, sonhos, tortas, sanduiches de pão de miga, queijos quentes , mistos, pão na chapa...
Colocar tudo na sua frente , fotografar e não comer nada!  Droga!
Eu adoro uma padaria... eu detesto fazer regime...