domingo, 25 de abril de 2010

Capucine

Capucine é uma flor comestível bem laranja.
Tem um sabor suave no começo e depois ela fica um pouco picante.


Esta é outra coisa que aprendi a comer bem pequena com meu avô Oscar.

Ele era uma pessoa que não ficava muito com os netos, mas tinha algumas particularidades que ficaram para sempre na minha memória.

Uma delas era que ele adorava o sítio em Carangola que tinha com seus dois irmãos e que se tornou famoso em Petrópolis por tantas festas que davam.

Era realmente uma coisa de outra época, uma animação total, três gerações, depois quatro de três famílias com seus descendentes, amigos, convidados, que passavam as férias junto com todas as mordomias possíveis.

Piscina em comum, campo de vôlei, futebol, tênis, pavilhão, curral, cachoeira, lago enfim, e como não podia deixar de ser, uma horta de tirar o fôlego. Desta horta é que meu avô fazia questão de tirar as Capucines para colocar nas saladas e do agrião que dava no riacho, um de folhas bem pequenas e com o gosto bem acentuado, muito melhor do que esses que vendem agora.

Todas às segundas –feiras chegava em casa no Rio, uma cesta enorme com os legumes e as verduras da horta de Carangola.

Lembro desta casa com muito carinho apesar de ficar mais na casa do meu outro avô Otto, mais no centro de Petrópolis.

O cheiro de lenha, porque o fogão era a lenha, misturado com Lírio do Vale que minha avó Didy fazia enormes vasos. Cheiro de verão!

Lembro das Alamandas subindo nos dois Ciprestes que ficavam bem na entrada...

Se não me segurar não paro de escrever sobre todas as coisas boas deste lugar e desta família.

Pretendo aos poucos ir contando, não tudo de uma vez.

Salada com Capucine vai resumir hoje as lembranças, a beleza e a alegria destes tempos que meus avós me proporcionaram.

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