domingo, 13 de junho de 2010

Risoto de pato



Eu ia fazer um arroz de pato, mas meu marido está com mania de risoto, toda hora quer comer risoto!

Todo mundo têm estas fases de adorar alguma coisa por um tempo até que enjoa e troca.

Eu adoro variar, quanto mais variado melhor!


É uma manhã de domingo gelada que resolvemos ficar em São Paulo porque ouvimos que iria ter ressaca em Cambury e ir pra lá sem praia, sem filhos, sem amigos... Desistimos.

Domingo de manhã, saí pra caçar rã! Tive que sair da minha aminha quentinha, aquecedor no quarto, para levar o Mané pra fazer pipi!

Chego na rua , morrendo de sono, de frio e começo a encontrar todos os cachorreiros da vizinhança. Todos os pais e mães de crianças pequenas. O cachorro logo e enturma , quer cheirar o outro, quer brincar e você com aquela cara de sono, fica meio sem graça e tem que dar umas risadinhas, falar alguma coisa, INTERAGIR! A palavra do memento!

Não é ruim, um pouco sem assunto com todo esse frio, procurando o sol na calçada para esquentar.


Nunca pensei que iria passar por isso de novo! Quando as crianças eram pequenas, saía com elas para passear, andar de bicicleta na U.S.P. Quando o Antônio está aqui vamos tomar café na padaria, mas assim só o Mané e eu é muito chato! Vira programa de gente que adora cachorro e têm a maior satisfação em interagir.

Bom, cá estou eu para escrever o meu risoto de pato e não para ficar falando de outras coisas que depois me deixam constrangida e com vontade de apagar tudo.

Sou muito boca rota, quem me conhece sabe! Sou igual àquela música que a Billie Hilliday canta: falo demais, escrevo demais, como demais, bebo demais e amo demais...

Desculpem-me, talvez não interesse a ninguém, mas sou assim mesmo e é bem fácil, é só não ler!!

Meu arroz de pato molhadinho ou risoto. Arroz para português e risoto para italiano:

Sobrou um pouco daquele consome, é lógico.


As carnes do cozimento e um pouco daquela gordura de pato.

Então, é só juntar!

Arroz arbóreo, cebola, um pouco de vinho. Eu vou colocar vinho tinto, porque tudo é muito forte!

Neste risoto não servirei queijo ralado e sim um fio de azeite no final, terminar com um pouco de casca de laranja ralada. Nada de parmesão.

Convidar uns amigos de última hora, abrir um vinho... Domingão perfeito em Sampa!

Queria mesmo é que tivesse uma baita praça aqui perto com muito espaço e sol para fazer um pic-nic na grama com os mesmos amigos, uma torta de pato, umas frutas, queijo e vinho sobre uma toalha xadrez e gente por todo lado com crianças, cachorros, velhinhos, que tal? Sonho?


Nada de Ibirapuera e Villa Lobos que são longe e lotados!!!

Estou ficando uma esnobe, não é? Sorry!

Pato cozido e desfiado, sem gordura. Para isso é só comprar pedaços de pato, deixar fritar bem, escorrer a gordura, fritar com os temperos, colocar água para cozinhar o pato.

Depois de cozido, coar e retirar o caldo, desprezar os temperos, desfiar a carne e jogar fora o resto da gordura cozida.

Dois punhados de arroz para cada pessoa, um pouco de cebola picadinha.


Fritar as cebolas na gordura do pato, juntar o arroz e deixar fritar mais um pouco. Colocar um copo de vinho e deixar ferver.

Colocar a carne de pato desfiada e ir acrescentando uma concha de caldo para o arroz ir cozinhando aos poucos até chegar ao ponto. Cremoso, macio por fora e durinho por dentro. Colocar por último um pouco de casca ralada de laranja e servir bem quentinho.

Ah! Que tal colocar um pouquinho de Cointreau, l´esprit d´orange, harmonie subtile et naturlle dês escorces d´oranges . Pas mal, heim!


Só um perfume, um tico bem no final antes das cascas...
Se tiver dúvidas como fazer o caldo, ver na receita de consomé de pato.

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