Ontem, hoje, tirei a barriga da miséria e coloquei em dia alguma dessas amizades.
Por mais que você não encontre, têm gente que parece que vimos no dia anterior.
Agente nem nota os envelhecimento do tempo. Passa despercebido as rugas, a barriguinha, o cabelo branco. O que interessa mesmo são as histórias, as lembranças, todas as novidades, para tornar este encontro atual e continuarmos amigas.
Nós mulheres chegamos numa idade que viramos companheiras dos maridos, amiga dos filhos e mães dos pais.
Acho que a única relação que permanece igual é da amizade!
Nos reconhecemos umas às outras, somos cúmplices.
Mulher tem mania de ser rival a maior parte do tempo. Passamos a vida comparando, imitando, provando, competindo...
Chega nesta hora da vida que tudo isso passa para outro plano e o que queremos é sossego, carinho e as relações mesmo com a irmã, mãe viram uma relação de amizade pura e simples.
Por mais que o tempo nos afaste, aquelas pessoas que um dia foram importantes para nós, queridas, quando reencontramos não parece que existiu este tempo tão grande.
Reconhecemos a intimidade num segundo, o mesmo sorriso, os gestos, as conversas. Ninguém muda muito.
Passamos a vida achando que estamos mudando, mas na verdade estamos afirmando aquilo que somos, só assumimos com mais força o nosso jeito.
Bom, agora estou com tempo para cultivar de novo estas amizades como no começo quando as estamos construindo.
Vou estar disponível para manter estas relações que nos fazem tão bem!
Sempre falei que queria ser uma daquelas velhinhas que moram em Copacabana e que fazem ginástica na praia, jogam no calçadão, se reunem para um carteado e fofocam muito.
Não sei qual o equivalente disto aqui em São Paulo, talvez um SESC ou algum clube.
Só sei que quero ser uma velhinha cheia de amigas, dando risada de tudo e de todos. Muito ativa e por favor, sem solidão!
Que tal um asilo só de amigas? Seria um sonho!!
Dividir uma casa com as amigas senhorinhas e ser tudo do jeitinho que agente quer...
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