quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Come nasce un amore...

Cheguei em casa, liguei a televisão e estava passando uma  novela e tocando


Amor escuza me...

Claro que depois daquela conversa de saudades, sentei e quase me debulhei em lágrimas.

Juro que a partir de amanhã vou procurar escrever mais de comida mesmo do que todas estas coisas que eu fico com vontade de escrever.

Hoje eu li : Clarisse Lispector



Bom, na minha humilde condição de contadora de casos e de receitas vou continuar...

Logo que mudei para São Paulo descobrimos as cantinas.

Famosas cantinas italianas que no Rio, se tinham deviam ser poucas, eu não as conhecia.

Tamanha a minha tristeza de estar morando aqui, não conhecer ninguém, estar num colégio que mal falavam comigo, não ter o horizonte do mar, ninguém da família por perto, nenhum namoradinho, turma. Nem saber ir ao colégio sozinha eu sabia.

Totalmente infeliz! Coitada de mim!

O programa era sair para comer, jantar fora.

Vamos nos distrair, conhecer lugares novos!

Quando eu saí do Rio estava o auge do Nico Fidenco, Peppino di Capri, Rita Pavone, Sergio Endrigo.

Nem sei se era por causa dos meus pais ou porque todos gostávamos, eu sei é que eu adorava esses italianos. Também romântica do jeito que era, sou...

Entrávamos no restaurante, pedíamos a comida, não dava dez minutos, os homens vinham cantar perto da nossa mesa.

Pronto! Eu já estava totalmente emocionada, com um nó na garganta.

Segurava, segurava, mas não dava.

Caía na maior choradeira para o desespero dos meus pais e dos meus irmãos e claro, porque não, dos próprios músicos.

Il Mondo, Come nasce um amore, Amor escuza-me, eram fatais!

Até hoje meu coração fica pequenininho quando ouço estas músicas. Não choro, mas fico totalmente, totalmente... Muito... Muito emocionada!

Meu Deus! Mais um dos meus segredos. Aonde vou parar?

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