segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Comida de hospital

Por quê?


Numa hora que tudo parece perdido e que você é a última pessoa da terra, que está totalmente dependente de todos, entregue ás baratas, implorando por um carinho, uma festinha, uma notícia boa, um remedinho pra dor...

Depois de uma noite mal dormida, aquele enjôo misturado com fome, não sabendo bem qual posição ficar, esperando alguém trazer seu café da manhã do jeitinho que você gosta, porque afinal das contas, o café é uma das melhores e mais reconfortantes refeições, vem aquela bandejinha com aquelas coisas estranhas.

Chá de camomila, iogurte de beber de morango, bolacha Maria, geléia de morango, margarina, ah! Meio papaya, este eu reconheço!

Pão, pão ...Que incrível veio integral!

Agente está morrendo de fome, mas não consegue comer nada... Vamos esperar. Quem sabe no almoço eu coma alguma coisinha melhor.

Meio dia em ponto! Batem na porta e entra aquela bandeja de novo.


Aquele prato tampado, uma micro salada, uma gelatina em cubos colorida e um suco de caixinha.

Abro o prato e vem aquele cheiro, aquele bafo!

Fico morrendo de pena da minha mãe que vai ter que comer aquela comidinha sem graça, sem cor, sem molho, sem nenhum atrativo.

O médico disse que ela vai ficar 10 dias internada. Imaginaram o martírio?


Ainda bem que é só uma pneumonia, não dói, não sangra, não tem pontos, dá para andar, quem sabe fugir!

Já fui roubar um pãozinho de queijo, comprei umas frutinhas, agente inventa, faz regime!

Já comecei a dar aulas de computação para ela se distrair.

Agora, que poderia ter uma comidinha melhor poderia!


Com tanta firula, tantas novidades, com o preço que cobram, deviam ao menos caprichar na apresentação pra pessoas se sentirem mais amadas e ficarem boas mais depressa.

São burros! Iriam ter muito menos despesas.

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