quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Calor

Não tinha prestado atenção no que aconteceu ontem, mas todo aquele assunto de Sabiá.


Todos comentando o canto do passarinho. Só percebi agora à noite o porquê todos escutaram.

Estava aqui no computador e veio o som de uma pessoa estudando clarinete.

Lembrou-me o tempo que o Joca estudava. As mesmas desafinadas notas que quase nos deixavam surdos. Aquela coisa de embocadura... Até sair uma musiquinha custou...

Daí, percebi o cachorro latindo aqui do lado, o grito do menino, os barulhos em geral.

Está calor!

Janelas abertas!

Ontem dormi de janela aberta e por isso ouvi o passarinho. O Sabiá.

Sabem duma coisa, adoro o calor.

Por mais que reclame do tempo, do ar, adoro esta coisa de ficar de janela aberta e ouvir o mundo lá fora.

Especialmente à noite.

De novo me lembra o Rio de Janeiro.

Morávamos numa rua cheia de parentes e conhecidos e no verão eu adorava sair na hora do jantar e dar uma volta na rua toda. Ver os movimentos das casas, as luzes, as pessoas lá dentro jantando ou chegando do trabalho e depois voltava para minha casa e me sentia fazendo parte de todo mundo.

Devia ter uns 8 ou 9 anos, até 10, não sei, mas adorava dar essas voltas ao anoitecer com o calor que fazia no Rio depois que as cigarras cantavam, antes que tudo ficasse quieto, quando ainda tinha movimento na rua e nas casas.

Acho que foi um pouco disso que estou sentindo agora

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