Toda criança tem mania de uma comida em alguma fase da vida. Ou elas passam a comer só arroz, ou adoram mingau de aveia, ou detestam feijão, adoram cenoura, enfim inventam mil coisas diferentes para encher a paciência dos pais na hora da comida.
Lembro do Chico pequeno que tinha uma época que odiava pastel e amava ovos de codorna, depois claro, de ter passado pela fase do arroz e outras coisas. O Joca era mais razoável para comer.
Na fase dos ovinhos resolvemos que ele iria criar umas codorna , assim poderia comer ovos a toda hora que bem entendesse.
Foram ele e o avô comprar uma gaiolona, várias codorninhas poedeiras , ração e pronto! Iria ser um criador de codornas.
Lindinhas, pintadinhas e não davam muito trabalho. Colocou nomes, estava todo orgulhoso!
Acho que duraram uns dois a três dias, coitadas.
Na terceira manhã apareceram todas mortas!
O gato da vizinha veio e fez a festa!
Bom, até hoje ele odeia gatos e adora codornas e ovos de codornas!!
Nesta época nem comíamos codornas, não era fácil assim de achar como hoje que têm em todos supermercados.
O que sempre comíamos na casa dos meus pais eram pombinhos, borrachos, aqueles que ainda nâo tinham saido do ninho.
Uns pombos chamados Kings, que eles criavam para isso. Era a maior delícia, coisa que nunca mais comi e não sei se tem para vender em algum lugar. Nunca soube.
Devem estar pensando que eu sou a maior destruidora de lares de aves! Falando assim das coisas parece meio estranhas mesmo, mas hoje é que é bem mais estranho porque só compramos tudo pronto, não temos criações, pelo menos nas grandes cidades e então estes assuntos de criar, matar e comer parecem bizarros, caçar e comer não existe mais.
Por um lado é bom, já pensou a trabalheira? Ahahaha! E é claro que ainda existe tudo por aí!
Fiz as codorninhas como sempre com cerveja preta, mostarda, sal, pimenta e alecrim.
Coloquei no forno cobertas com aquele papel transparente que é muito melhor que o alumínio porque doura um pouco enquanto vai assando.
Virei as bichinhas de lado, coloquei umas batatinhas e deixei dourar mais tempo sem o papel.
Bem simples e rápido.
Sabe aquele doce de casca de laranjinhas kinkan?
Coloquei no prato junto com as batatas, a codorna e combinou muito. Delícia!
Chico veio comer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário