Nossa! Estou tão corriqueira nas minhas receitas que dá gosto.
Na segunda passada , carne de panela, nesta, carne moída. Coisa mais caseira e simples do mundo!
Tenho uma amiga, que teve aulas comigo, que tem verdadeiro nojo de carne moída.
Ela como minha irmã e eu ainda pegamos o semi interno do colégio Sion no Rio de Janeiro e éramos obrigada a almoçar lá. Um verdadeiro suplício!
Ela se lembra da carne moída em pelotes e cinza e eu lembro do resto, dos cheiros e da dificuldade em comer, da vontade de vomitar, dos enjoos, de ficar por último na mesa, de querer morrer...
De algumas sobremesas de festa como, mingau de chocolate, mariola!
Desde então ela odeia carne moída e eu odiava qualquer comida.
No lanche da tarde tinha um chá mate doce ou café com leite numa tigelinha, como os franceses, e pão doce. Eu tinha verdadeiro horror do cheiro do café com leite, do mate...
Na verdade os cheiros é que me incomodavam.
Uma colega de classe no segundo ano primário levava pão com manteiga para comer no intervalo, ou comia no café da manhã na casa dela e chegava com cheiro de manteiga. Como tínhamos que sentar numa roda pintada no chão da classe todos os dias para contar as novidades, de vez em quando ela sentava do meu lado e eu sentia aquele cheiro de manteiga e ia passando mal, passando mal, ficando enjoada, enjoada...
Não tive dúvidas um dia, virei-lhe um soco bem dado nas costas dela e fui para a Grande mère, que era a freira mór, para saber o que se passava comigo e por que tamanha agressividade?
Lógico que não sabia responder, nem eu tinha entendido. Geralmente eu é que apanhava. Eu é que tinha o nariz escorrendo, eu é que vomitava... Tinha asma!
Esses são os tais dos cheiros, os que eu adoro, os que eu detesto.
Aprendi a fazer tudo, a bater, a comer, e até a gostar desta menina porque fui com meu padrinho numa viagem de navio americano para Buenos Aires e todos eram americanos menos uma família que fomos apresentados a bordo para que pudéssemos fazer amizades e brincar. Adivinhem quem era a menina da minha idade que estava a bordo para brincar comigo?
Isso mesmo! Ela, Lúcia! Nos olhamos, nos faiscamos , mas como não tinham outras crianças que falavam português e da nossa idade, acabamos nos tornando grandes amigas, pelo menos durante a viagem.
Então, a carne moída muito bem feitinha é a melhor coisa que existe!
Fora que dá para fazer pastel, panqueca, purê com carne moída no forno, recheados mil, lasanha, macarrão, aquele pão recheado no forno. Mil e uma utilidades!
Basta colocar alho, cebola, a carne depois para fritar bem com azeite e aos poucos a água. Uma colher de maisena ou fécula, ou farinha, funghi ou o que quiser para incrementar, sal , pimenta por último, molho inglês.
Não existe um coringa melhor para uma segunda feira porque o que sobrar vira croquete, ou torta além de tudo que já dei de ideias.
Pro jantar! Viu?
Boa semana para todos!
Na terça a carne moída virou abobrinha à bolonhesa ao forno!
Prático, não? Uma delícia que não deu trabalho nenhum. Foi só ralar as abobrinhas, cobri-las com a carne que já estava pronta, colocar uma boa muzzarela e regar com azeite e sal.
Forno até dourar...
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