É estranho entrar na casa dos outros, conhecer de perto seus utensílios de cozinha, usar o fogão, conhecer a ajudante cozinheira, conversar com ela, descobrir seus altos e baixos, ensinar meus truques, tentar fazer entender o que vai ser melhor para seu trabalho, o que vai facilitar, como ficará mais saudável e ainda juntar tudo isso com o gosto das pessoas para quem ela trabalha.
É uma aventura quando chego!
Primeiro confiro se tem todos os ingredientes pedidos, isso depois de uma longa conversa para saber sobre o quê devo ensinar, quais as preferências da família e o quê a cozinheira sabe ou não sabe fazer.
Depois controlar o tempo, os ingredientes, separá-los em grupos em grupos para que possamos fazer mais coisas diferentes possíveis dentro de um mesmo assunto.
Criar uma intimidade com sua aluna, criar confiança e por fim cozinhar junto e mostrar os resultados.
Feito isso, fazer com que experimente prato por prato, introduzir a novos sabores, caprichar no visual, mostrar que tudo aquilo é simples de fazer, gostoso de comer, e que existem ainda mil possibilidades pela frente e que este mundo da culinária é uma descoberta eterna.
Acabar a aula com montes de pratos, dando muita risada, sabendo alguma coisa da sua aluna, alguma coisa sobre a pessoa dela, como ela vive, aonde ela trabalhou, o que ela prefere, dos filhos, da vida, assim na próxima aula tudo fica mais fácil e agradável.
Esta é a magia de dar aulas, cada vez que eu saio de uma casa deixo alguém que sabe mais um pouquinho por minha causa, que vai fazer seu trabalho melhor e com mais prazer não só ali, mas na sua própria casa também.
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