quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Carne assada na panela de pressão




Aquele dia que você não dorme nada direito.

Não eu, mas meu novo cachorro, Step , que resolveu acordar às 3horas da manhã para brincar de roer

o mundo a sua volta e dar corridinhas de alegria...

É a própria criança achando que o mundo está a seus pés e que ficar sozinho abre o maior berreiro!

Já não estamos mais nesta fase, ele dorme na área de serviço direitinho até amanhecer e espera alguém acordar para começar a fazer essas macaquices. Não sei o que se passou esta noite, só sei que não posso deixar chorando como se fosse em casa, aqui é apartamento e tenho vizinhos e vizinhos com filhinhos e de jeito nenhum quero incomodá-los.


Depois de uma hora de folia fomos para cama, eu pra minha e ele pra dele. Às 6 horas da manhã um novo chamado para brincar, um uivinho bem baixinho que é irresistível e vou logo para que não vire um choro daqueles ardidos, histéricos que eu odeio e não quero que ele aprenda este estágio.

Ficamos até às 7 horas quando ele caiu no sono e foi pra cama dele, e... eu pra minha!

Já comecei o dia com o pé esquerdo, cheia de espirros e alergias.

Blog? Que tal aquela carne na panela de pressão que não precisa fazer nada, só colocar tudo lá dentro e esperar 45 minutos depois que a pressão começa e desligar.

Colocar um pedaço de carne, lagarto, picanha, maminha.


Um cubo de caldo de carne

½ copo d'água

1 cebola grande

1 tomate

Fechar e contar 45 minutos depois da pressão começar em fogo médio pra baixo.

Nada de colocar mais sal, óleo,só pode incrementar com champignons, cheiros, e se colocar mais cebolas e tomates não coloque o 1/2 copo d'água. Se gosta de alho. alecrim...

Eu incrementei com as cebolas roxas que sobraram do outro dia e coloquei também um saquinho de fungui seco que tinha aqui. Não posso fazer nada sem dar uma caprichadinha, e coloquei também cheiro verde que já estava picadinho.

Vamos esperar pra saber como vai ficar.

Depois é só fazer umas batatas amassadas como purê, ou um purê de mandioquinha e pronto.

Pra falar a verdade não vou fazer mais nada, vou cozinhar uma batatas com casca pra comer com azeite.

Estou indo pra ginástica isto sim, recuperar minha noite, ganhar meu dia.

Ah, mamis de plantão, lembro destas noites mal dormidas e pensava que nunca mais iria dormir uma noite inteira de novo.
 Agora com cachorro, nunca passei por isso! Sempre tinham os outros cachorros pra tomarem conta e além do mais podiam chorar a vontade que ninguém se importava.

Nada como morar em casa...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pudim de siri, crunch de mirtille





Coisa mais simples e mais gostosa essa coisa de pudim.

Basta agente ter uma delícia como siri, bacalhau, camarão. Parecido com soufflé sem ter aquele estresse de vai ou não vai murchar, fazer tudo na hora e ter de comer quente.

Pudim pode comer frio com uma saladinha! Ainda mais se agente acha agrião de água para comprar e volta a ter cinco anos de idade em Carangola , no Sítio do meu avô Oscar que adorava esse agriãozinho ardidinho e pitico que dava na água do córrego perto do curral.

Ai que maravilha então essa mistura de tudo que é gostoso.

Sabe quem vem para jantar? O inglês!


Mas o amigo, nada de negócios e por isso capricho mais ainda.

Fiz uma tortinha de sobremesa crunch de mirtille, farinha, manteiga, duas colherinhas de geleia e açúcar demerara para ficar crocante.

Comer quente com creme batido ou sorvete.

O pudim eu refoguei a carne de siri na cebola, tomate e alho picados, um pouco de cheiro verde e depois deixei esfriar colocando três gemas e batendo as claras em neve.

Levei ao forno numa forma de pudim e quando desenformei, cobri com alcaparras na manteiga e um pouco de creme de leite e cheiro verde.

Ah! Pimenta! Pimenta de cheiro e malagueta para dar um gostinho a mais.

Sabe, podemos fazer o pudim com pão velho molhado também como uma casquinha de siri grande, fica muito bom também.

Essas comidas são mais do Rio de Janeiro mesmo, casquinha de siri, pudim de bacalhau, agrião de água...

Que bom que o verão está chegando, acho que só eu curto um calorzinho!
Chico passou aqui para almoçar e quando fui ver comeu metade da sobremesa do jantar! Fooolga!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Peito de frango com cebola roxa e banana





Nem sei porque eu compro filé de peito de frango, coisa mais sem graça não existe!

Noutro dia comi num bouffet e parecia um pedaço de pau!


Lógico que faço gostosinho, sem esturricar, à milaneza, recheado, cozido, ensopado, mas...toda vez fico pensando, pensando se tem um jeito melhor de enganar o bichinho e fazer ele ficar mais engraçado. Estrogonofe, é bom. Para falar a verdade, ando um pouco de mal dos frangos em geral.

Já que tenho, vamos fazer!

Olha na despensa, pega sempre o curry, mel, mostarda, as cebolas e o segredinho, óleo de gergelim.

Tenho um saco de cebolas roxas que meu marido quer comer carameladas.

Pode? Pode!


Faço separado e pego o resto para o frango.

Que tal colocar umas bananas?

Bom também, já fica um pouco mais diferente.

Em vez de encorpar o molho com água , que tal leite desnatado? O ideal seria creme de leite ou leite de coco, mas como os regimes me impedem...

Deixa tostar o peito de frango no óleo de gergelim, depois coloca as cebolas com o curry, pimenta do reino, sal, mostarda e tosta tudo mais um pouco abaixando o fogo. As cebolas soltam um pouco de água e quando estiverem bem marrons, coloque um pouco de leite para fazer o molho e pique umas duas bananas em rodelas e sem mexer muito deixe cozinhar em fogo baixo.

Quando as cebolas estiverem cozidas, tirar do fogo com cuidado para não desmanchar as bananas e colocar manjericão fresco ou coentro.

Comer com arroz branco, ou sei lá, qualquer um que quiserem mesmo! Uma farofa...

As cebolas carameladas:

Fritá-las em manteiga, depois colocar açúcar deixar derreter, um pouquinho de água e aguardar caramelizar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Roast beef com aspargos e trufas



De novo!

Mas me digam se não fica delicioso?

Ontem meu marido perguntou se trufa vai virar tão comum como tomate seco ou Jorge Bem. Vamos acabar enjoando.

Por enquanto acho que não.

Também meu estoque vai acabar e aí precisa alguém viajar e lembrar de mim.

O que eu mais gosto mesmo é o cheirinho que fica a casa. Pensei com meus botões, igual Dama da Noite, adoro, mas não muito e sempre.

Como tudo afinal.


O negócio é que estou aqui com meus regimes eternos e isto sim é que me complica a vida de blogueira, como ficar inventando coisas deliciosas, diferentes e não poder comer, ainda mais que não estou dando muita aula, pelo menos nas aulas posso soltar a imaginação.

Faz mal não, agente acaba fazendo umas coisinhas aqui e ali que valem a pena, mas percebi que o pessoal gosta mesmo é dos bolinhos, biscoitinhos, docinhos.


Eu sou totalmente salgada! Adoro uns sanduíches, pães diferentes, arroz, mostardas, folhas.

Faço os doces , mas o que eu adoro mesmo é pudim de leite bem feito! Simples assim.

Bom, agora veio um mil folhas da casa do Alemão que comíamos na subida para Petrópolis. Mil folhas é meu doce favorito!

Meu avô Otto tinha um Karmannguia cinza e branco que na sexta feira pegava todos os seis ou sete netos, não lembro se o Lula já tinha nascido e já vinha conosco. Íamos no banco de trás , minha avó Gilda e ele guiando.

Um baita calor, mas uma farra! Sempre que passava um caminhão cheio de gente na carroceria ele falava que eles é que estavam contentes com vento na cara.

Parávamos no Alemão e cada um pedia o que queria. Eu já não pedia sorvete de casquinha porque não sabia comer tão rápido e acabava derretendo, me lambuzando toda e então morria de vergonha.

Meu avô pedia Malted Milk! Os outros bomba de chocolate, casquinha e eu...mil folhas!

Trocava a casquinha por mil folhas! Mais fácil de comer?

Claro que não. Uma droga total! Mordia num lado escorria creme pro outro, era uma tortura! Ficava com a mesma vergonha de não conseguir comer direito na frente dos meus primos e irmãos.

Toda vez eu jurava que ia pedir alguma coisa mais fácil, mas chegava na hora eu não resistia e pedia a maldita mil folhas e começava a minha luta e dos meus avós para eu não me sujar toda.

Acho que nunca reclamaram porque sempre continuei pedindo e gostando, acho que se alguém tivesse reclamado ou falado para pedir outra coisa eu pediria, mas acho que só eu ficava aflita com aquela lambuzeira.

Isto mesmo, meu doce preferido é mil folhas!

domingo, 18 de setembro de 2011

Bolo de castanha do Pará, geleia e chocolate



Amiga faz anos, vai vai dar almoço e deu aquela vontade de fazer um bolinho com as coisas de casa.

Castanha do Pará, geleia de black berry, casquinha de laranja, ovos...

Vou juntando e vou vendo se dá para um bolo.

Claro que dá, senão põe um pouquinho de leite para render e ficar mais mole.

Anota tudo, espera ficar pronto e, pela milésima vez, torce para dar certo!

Adoro estas coisas que agente nem sabe o gosto que vai ficar, ainda mais se é para levar para casa de alguém.

Só não vale queimar, coisa que já aconteceu comigo e eu levei assim mesmo para mostrar que fiz com todo gosto, ficou duro como um pau!

Anotei:

½ xícara de castanha batida como farinha

½ xícara de farinha grano duro

½ xícara de farinha normal

casca de três laranjas

3 ovos

3 colheres de geleia

3 colheres de manteiga

1 colher de fermento

1 xícara de chocolate belga amargo

½ xícara de leite

Mexer tudo e colocar numa forma untada em forno de 180 graus por 30 minutos ou 20.

Vai ficar parecido com aqueles que tenho feito e como não derreti o chocolate vai ficar como bolo formigueiro, pintadinho. A geleia entrou no lugar do açúcar, as cascas de laranja para dar uma graça e a castanha para dar leveza.


Agora só vou saber se ficou bom na festa.


Parabéns amiga querida!!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Carne de panela


Aquele dia chuvoso, frio que ninguém tem vontade de sair de casa, mas tem que sair, então, andei pensando que seria mais gostoso para quando voltar ter uma comidinha bem caseira, daquelas que só existem na casa da gente, à espera daquela hora quando depois do banho, põe pijama e só quer ouvir um pouco de música , ler ou ver televisão. Paga para o telefone não tocar, visitas não chegarem, imprevistos não acontecerem.


Não pode ser comida que é feita na hora porque dá trabalho. Nada muito incrementado para não pensar muito.

Aquele típico trivial, carne de panela, arroz branco e uma verdura, ou escolho shiitake que está ali na minha frente, sem verdura , mas uma saladinha.

Para dar uma incrementada no trivial, resolvi lançar mão outra vez do meu sal de trufas e azeite.

Fiz o seguinte, fritei os bifes de carne de segunda no azeite com sal e só isso de tempero por enquanto.

Quando estavam moreninhos eu os retirei da frigideira e coloquei o siitake para fritar no queimadinho do bifee o gostinho de trufas, deixei suar um pouco e, cogumelos prontos!

Passei os bifes para uma panela que fecha hermético, deixei esquentar, coloquei um pouquinho de água e começou a cozinhar. Piquei um tomate maduro, uma cebola, um pouco de pimenta do reino e deixei em fogo baixo cozinhando até desmanchar tudo e virar um molho.


Ficou um trivial muito cheio de bossa! Um sabor de trufas, um gostinho caseiro, mas diferente e é isto que eu gosto, simples e delicioso.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Biscoito de aveia


Hoje tomei um mingau de aveia de manhã com algumas passas e um pouco de mel. Quer paparico maior para começar o dia? Vô Otto adorava, eu adoro.


Fui olhar o vencimento da lata de aveia para ver se estava em condições de voltar para a despensa, que por sinal cheira à trufas!!!

Vencimento perto, resolvi fazer biscoitos.



Me lembrei da época em que eu fazia um monte destes biscoitos para o Joca, Chico e Diego, neto do jardineiro que morava lá na chácara, venderem na vizinhança. Como eles eram pequeninos, lindinhos, todos os vizinhos compravam saquinhos de biscoito de aveia deles e era maior felicidade. Não tinham muitas casas, nós conhecíamos a maioria das pessoas, Tia Lia, Tia Léa, o médico Gabriel, a mexicana, e assim por diante, eles tocavam a campainha liderados pelo Chico, o mais negociante de todos, e pronto, mais um saquinho.


2 xícaras de flocos de aveia

2 ovos

½ pacote de manteiga

3 colheres de mel

um pouco de passas

um pouco de nozes

um pouco de castanhas do pará

½ xícara de farinha

1 colher de fermento

canela e baunilha

Mexer tudo até grudar e fazer uns montinhos. Colocar no forno até dourar.

Hoje vou fazer e vou dar para meu vizinho, sobrinho Rafael e um pouco para o pessoal do primeiro andar que estão doentes, as crianças, já que não tenho mais os pequenos para venderem por aí.

Nem sobrou, recebi um telefonema que estava atrasada para o médico que é aqui na rua de cima, ele vai me esperar, então levarei uns biscoitos para me desculpar do atraso.Chico veio almoçar e levou para o escritório outro punhado de biscoito... então só vou deixar alguns pro Rafa.

Nossa agora me lembrei que vendia estes biscoitos para um restaurante vegetariano chamado Cheiro Verde, da Sylvia Stickel, há mil anos. Acho que foi um dos primeiros restaurantes vegetarianos que existiram em São Paulo.

Puxa, como a vida passa!

Boas lembranças que as comidas trazem... Sempre!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Trufas



Primeiro saí gastando os chocolates belgas, depois as Bottargas e agora chegou a semana das trufas.


Chic, não? Que coisa mais bocó!

 Sou uma sortuda porque ganho um monte de coisas gostosas de presente, todo mundo se lembra que eu adoro e quando viajam...

O negócio com as comidas é que não adianta guardar para sempre porque têm prazo de validade, senão perco tudo e acabo não aproveitando nada.

Sempre fico esperando uma ocasião especial para usar isso ou aquilo, resultado, uso só de vez em quando e com muita parcimônia, não quero mais fazer isto.

Ontem já fiz um omelete com sal de trufas para o fim do domingo aqui em casa, mas não comi, então hoje resolvi fazer um franguinho de leite com o mesmo sal e um pouco de azeite de trufas.



Acompanhamento de pupunha com o mesmo sal e azeite e pronto! Forno, arrozinho e salada.

Incrível como só de abrir o pote de sal a casa inteira fica perfumada, uma verdadeira delícia.

Nem sei se o gosto é tão forte quanto o cheiro, mas como acho que os dois estão diretamente ligados, deve ser um gostinho especial.

Os dois acharam que o gosto do omelete estava ótimo e com gostinho de trufas.

Sabe duma coisa, tenho a maior saudade de comer pombos! Aqueles que meu pai criava lá na chácara. Será que nunca mais vou comê-los em lugar nenhum? Acho muito melhor do que codorna. Ai, os borrachos...

Deve ser bom salpicar este sal numa salada de tomates bem madurinhos, hummm!.

Não vou colocar na manteiga porque tenho uma manteiga trufada, umas trufas em conserva e assim por diante, vamos comer muita coisa com trufa ainda.

Bom roer as asinhas ainda quentinhas saindo do forno, salgadinhas e com gostinho de trufas, muito bom mesmo!

Êta vida boa!